Eu simplesmente adorei o resultado da campanha para as Olimpíadas de 2016.
Sou exultante nacionalista, quase bobo chorão, feito o Lula.
Quem mantém o mau humor frente a conquistas como estas, sei não, precisa se divertir mais, conhecer novos amigos, namorados(as). Ou talvez até ouvir no rádio uma previsão do tempo, um horóscopo, uma música ou uma notícia maravilhosa.
Acompanhei tudo ao vivo pelo rádio hoje, enquanto dirigia. Há quanto tempo eu não ouvia rádio e há mais tempo ainda eu não ouvia notícias pela rádio! Sabe o que eu senti? A imagem faz falta, porém o rádio é mais honesto, no sentido de que os locutores são levados a darem sua opinião. O jornalismo serve de preâmbulo para um debate, em que tolos e astutos digladiam-se, ou se compreendem e sorriem.
Foi animado ouvir a exaltação do futuro, o orgulho brasileiro, as loucuras em doses cavalares que os atores da festa, no estúdio em plena baía da Guanabara, diziam sem se importar com nada, como se sobre eles não houvesse quem os pedisse para dizer isso, assim assado.
A ilusão da liberdade jornalística no rádio, ou seria livre porque o rádio é um meio em franco fim de linha?
Gostei de ouvir as notícias enquanto dirigia, sei que não curtiria a programação musical, contudo foi, sim, bem feliz imaginar o choro do Lula, do Pelé (estou condescendente, porém a este reservarei a nata de minha fúria em breve), misturando-se ao trânsito e ao meu róprio choro. Libertadora, enfim, a experiência. Talvez por me sentir seguro naquele instante, como se estivesse na companhia de um senhor idoso que, embora tenha lá suas idéias indecorosas, não poderia me forçar a sentir seus dedos abusados roçando campos frágeis de minha constituição física.
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