A edição da reportagem, especialmente no momento da entrevista à Zelaya, foi francamente direcionada. Todavia, tive a real impressão de que aquele repórter estava sozinho e isolado, até um tanto indesejado ali, o que achei muito bom e coerente com os acontecimentos.
Ficou-me claro o constrangimento dos jornalistas que estão na embaixada com o presidente Zelaya frente ao repórter da Globo. Este até foi corajoso e interpôs perguntas mais ousadas a Zelaya, porém o presidente elogiou a democracia brasileira, eximiu o Brasil de qualquer responsabilidade e se declarou disposto a ir a juízo. Certamente, disse mais e foi enfático em sua defesa, o que obviamente foi limado pela edição da matéria.
O representante da diplomacia brasileira foi discreto, porém contundente, ao defender o governo na figura do ministro Amorin. O que fica, da edição manipulada: estamos do lado da democracia, a Rede Globo e a imprensa direitola brasileira atabalhoam-se na trincheira golpista. São uns velhacos!
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