domingo, 4 de outubro de 2009

A crise em Honduras, segundo a Globo

Luis Nassif publicou hoje à tarde este comentário de Fabiano Maisonnave, correspondente da Folha em Honduras, em seu blog, a partir de uma indicação de Renata Silva:

Menos, menos

A Globo, a Globo News e o G1 mostraram “imagens exclusivas” da Embaixada Brasileira em Tegucigalpa. Exagero. Poderiam ter usado imagens com qualidade bem melhor dos cinegrafistas da AP e da Telesur, que estão aqui desde a chegada de Zelaya e enviam material diariamente. O acesso da imprensa à embaixada é praticamente impossível, estamos realmente sitiados aqui, mas não há o grau de isolamento que a câmera tremidinha dá a entender. Sempre houve uma quantidade razoável de jornalistas acampados aqui com Zelaya, incluindo as maiores agências do mundo, Reuters (só foto) e AP (foto e TV).

E foram justamente os jornalistas que aparecemos nas imagens divulgadas, embora todas as descrições falem de “seguidores usando computadores onde fazem campanha para a volta de Zelaya ao poder”. Não há nenhum assessor do Zelaya ali. O Rodrigo Lopes, repórter da RBS que continua aqui, poderia ter sido consultado.

Bem, este pequeno texto, acompanhado de link para a reportagem do Jornal Nacional, esclarece bem a agenda da emissora acerca do golpe militar em Honduras. Ao repetir termos como "presidente deposto" e "governo interino", os repórteres assumem a concepção direitola e desrespetosa para com as instituições democráticas.

Por outro lado, não podemos negar que a Folha de São Paulo também trabalhou nesse sentido. Assim, pergunto-me: em quantos dias o Fábio estará desempregado?

Link para o canal do Nassif: O padrão Kamel de jornalismo

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