segunda-feira, 25 de abril de 2011

MTV e a casa dos "artistas"

Impressionante, como alguns jovens têm conseguido se comportar, em diferentes níveis, tão reacionária e estupidamente! Na luta pelo direito de serem "politicamente incorretos", o que certos "artistas" pretendem, na verdade, é o pleno direito ao exercício de sua imbecilidade preconceituosa. Analisemos o exemplo que a MTV nos oferece, com o inclassificável "Comedia MTV", especificamente no quadro "humorístico", "Casa dos Autistas":



Todo preconceito é fruto da ignorância e da preguiça mental e, no caso destes "comediantes", também da presunção de que estão acima de valores caros a uma sociedade que se pretende democrática. Oriundos de uma educação medíocre, acostumados a estarem protegidos do mundo real, em seus condomínios  "seguros" e escolas "de qualidade", estes "formadores de opinião" enxergam os percalços que as pessoas fora de suas redomas precisam superar como objetos possíveis de suas "críticas" irresponsáveis sobre o que quer que seja.

Espremidos em seus pequenos medos e pequenos tormentos, esses "intelectuais" demonstram que suas pretensões são, antes de tudo, um atestado de suas incapacidades de serem solidários e de seus complexos de inferioridade, que afloram em piadas de péssimo gosto e com um único sentido: o desejo (in?)consciente de limparem a comunidade daqueles que a tornam mais, segundo eles, feia, gorda, efeminada, negra e financeiramente pobre.

Como resultado, assistindo episódios como este, vemos que eles, além de completamente fora da realidade, são intelectualmente paupérrimos, verdadeiros ignóbeis, devendo ser denunciados, boicotados e ensinados a serem respeitosos, para que a pequena parcela de iguais que os assiste com alguma frequência perceba que o "politicamente correto" não é censura, mas a medida do limite da liberdade de uns frente às características dos que lhes são diferentes.



P.S.: Aproveite para assinar AQUI a petição de repúdio a este programa idiota.
P.S.1: Leia o depoimento indignado do pai de uma mulher autista, no blog Botecoterapia.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Homofobia à brasileira

O que falta a esta reportagem do Jornal Nacional?



"O amor que não ousa dizer seu nome" é também o amor do qual eles não ousam dizer o nome: nesta matéria, falta a palavra homossexual. Ela fica implícita na fala de Michael Santos e na citação ao tipo de discriminação sofrida por ele, descrita no trecho da nota do seu time, lida pelo repórter. Aliás, esconder o preconceito sob espessas camadas de 'cordialidade' é uma das marcas da brasilidade, conforme descrito na obra de Gilberto Freyre.

Uma das faces da hipocrisia:
Bonner imita Clodovil, em intervalo do JN
Este rasgo de hipocrisia nacional cai muito bem ao jornalismo da Rede Globo. Pela relevância do fato, urge reportá-lo, porém escondendo-lhe o essencial, de modo a não se comprometer com uma causa que se interpõe aos interesses da "familia brasileira", publico preferencial deste telejornal, juntamente com os "Simpsons" - os quais devem ser catequizados pelo casal Fátima Bernardes e William Bonner.

Ao se fazer indiferente ao teor social do problema que toca os direitos civis do atleta ofendido por um enorme e heterogêneo grupo de torcedores do time adversário, em função de uma característica pessoal, remetendo a questão ao foro esportivo, o telejornal desumaniza os dilemas de todos os homossexuais e oferece munição àqueles que pretendem diminui-los, isola-los, ou elimina-los.

Michael Santos torna-se, nas entrelinhas da matéria, um entrave político ao seu time, frente à torcida do Cruzeiro. Problematizar a causa social, individualizando-a e a mergulhando num contexto apartado da seara Pública, elimina dela toda a urgência na reparação dos danos e a minimiza, frente às questões prementes, a serem tratadas no restante da edição do jornal.

Nasce um herói!
À família classemediana telespectadora fica a legitimidade para discordar e considerar o caso como um exagero (como o faz este articulista do site do Globo Esporte), afinal não foram demonstradas pela reportagem as razões do jogador e do seu time para rechaçar a ação coletiva dos adversários. O telejornal não busca saber se a ação vexatória foi coordenada, porque o tratamento de ações coletivas pelo Jornal Nacional tende a criminaliza-las, ou subestima-las.

Aos "Simpsons" ficam as alternativas de confirmar seus próprios preconceitos, ou de questionar o direcionamento da matéria e defender o jogador, já que os "Simpsons" nem são mais tão Simpsons quanto eles os julgam e já vêm lhes dando as costas e os ignorando veementemente.

É relevante a abordagem desta sutileza ignobil do Jornal Nacional, visto que revela a persistente hipocrisia de uma classe média amedrontada por um 'mundo' que sai cada vez mais do controle estrito de sua religiosidade, moralidade ou 'bons costumes'. A síndrome desta classe social é idêntica - e talvez interligada - à que acomete a rede Globo, daí a necessidade de esconder, em um texto lacônico e insidiosamente hipócrita e irresponsável, o nome da orientação sexual de Michael Santos. Este, sim, um super homem que, com coragem e dignidade, disse o nome do amor que sente. Entretanto, William Bonner não se dignou a pronuncia-lo e nem deixou que alguém o fizesse, ao longo de mais uma infame e desfavorável edição de seu telejornal.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Eu sei quem protege Bolsonaro

Resposta minha ao jornalista Paulo Moreira Leite, em seu artigo Quem protege Bolsonaro

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É preciso explícitar que, nesse episódio Bolsonaro, foi o CQC de Marcelo Tas que operou para disseminar suas ideias conhecidamente fascistas. Definitivamente, as pessoas têm que perceber que há uma direita operante no Brasil e que ela trabalha para reafirmar valores e inculca-los como legítimos.

Não é a sociedade brasileira que permite que gente como Bolsonaro diga o que quer em veículos de comunicação de massa. Ele o faz, porque a sua voz está na agenda dos concessionários públicos destes veículos. Servem a uma necessidade pedagógica da direita brasileira.

Os "formadores de opinião" conservadores ensinam um discurso que, pela via da moralidade, ensejam o retorno a uma governança ainda mais restritiva de direitos civis e, portanto, reacionária a novas regras que atendam a reivindicações de gênero.

Hoje, é preciso que a direita brasileira grite, de modo a tornar claras os fundamentos éticos de sua ideologia e que ela se mantenha como alternativa, para quando a economia não funcionar mais uma garantia de bons governos auspiciosos à esquerda. Ou a esquerda se volta aos seus princípios e superem de vez a noção de dependência, ou estarão fadados a serem escravos do capital. Que ironia!

Por entrelinhas, neste texto do jornalista Paulo Moreira leite, de Época, os filhos de Bolsonaro fazem sua revolução. Eu divirjo veementemente de sua posição, e digo ser incorreto comparar uma nação latinoamericana a qualquer uma das que protagonizaram o cenário da pior guerra a assolar o século XX.

O Sr. Paulo Moreira Leite, como é de seu costume, delineia um discurso que deixa claro o seu constrangimento de pertencer a uma organização que não lhe permite dar nomes aos bois de que discorda, já que o bezerro Marcelo Tas come do mesmo capim que come o seu chefe, nas organizações Globo. Simples assim. O Sr. paulo Moreira Leite que se emancipe, para poder escrever textículos comprometidos com a evolução da democracia brasileira e com aqueles que vinham (e, em grande medida ainda vêm) sendo espoliados pelos defensores de Bolsonaro, que têm, sim, nome e sobrenome, além de CNPJ, muitos deles.

Quanto a esta falácia de que ditadura boa é ditadura nossa, acho-a enganadora. Ela também ajuda as pessoas a imaginarem que, 'já que é assim, que se instalem no poder quem o quiser, sejam generais, escravocratas, banqueiros ou sociólogos renegados'. Quem discemina esta bobagem cospe na cara do povo, é tão vil quanto Bolsonaro, e trabalha para que involuamos, no futuro, a governanças efetivamente opressoras, baseadas no medo e na mentira.

Embora nenhum governo seja bom, parafraseando Oscar Wilde, há nitidamente aqueles que são melhores às pessoas. E somente o são por prezarem por valores democráticos. Ajudar o povo a se proteger é dizer: aceite o poder sobre si, já que necessário, apenas na medida em que ele não se baseie no açoitamento de suas costas.

Sejamos francos, nada do que saia da Rede Globo pode ajudar o(a) brasileiro(a) a se emancipar, prova disso são os telejornais da sua emissora aberta terem se negado a noticiar o caso até agora - sendo que os de seu canal de notícias a cabo tampouco o fizeram com veemência, exceto em alguns poucos programas.

Deixemos de nos enganar, digamos não a falas frouxas, como esta do Sr. Paulo Moreira Leite. Vamos nos dar as mãos e ir às ruas, se necessário for, porque nossa democracia está firme e podemos rapidamente alterar um certo estado de coisa, que ora se apresenta ascintosamente cínico, ora hipócrita, e ora medroso, como é o caso deste jornalista neste texto.

terça-feira, 8 de março de 2011

O inferno da passiva

Todo o movimento LGBT precisa planejar uma reformulação de seus métodos e mesmo uma melhor autorregulação, especialmente no Brasil - por sua 'gayzice' óbvia. Esta formação de "castas dentro de um mesmo coletivo" revela um problema que parece estar longe de ser encarado: a autocracia das lideranças somada à onipotência de informações de "cultura  pop", televisiva e baseada em sucesso, modismo e celebridade.

Muitas jovens lideranças gays parecem exercer sua homosexualidade a partir de convenções econômicas, sociais e estéticas restritivas da convivência (sexual ou não) com pessoas que se afastem deste sub-padrão. Em vez disso, era esperado que se estruturassem mecanismos de interação e de proteção do coletivo, a partir de uma ação solidária e pautada na diversidade, tendo em vista os desafios políticos que este machismo ególatra predominante já nos impõe a nós gays, às mulheres, aos negros e, no caso do Brasil, também aos pobres e eu incluiria aqui os "feios", aqueles que não saem bem em fotos (estamos no Facebook, ora essa).

O que eu penso: a empatia deve gerar solidariedade, para se alcançar meios de preservar o coletivo; se eu busco machucar meu semelhante, eu não respeito o elemento que o torna meu par, nego a minha própria identidade ou demonstro sua inexistência; quero dizer, nem todo "gay" é homossexual. Ser "gay" hoje representa uma das poucas reivindicações liberais, um "privilégio" que, com dinheiro e acesso à vida privada de celebridades, ou investidores, proporciona, além de conforto, uma das mais vivas e promissoras bandeiras políticas na segunda década do século XXI.

Sei que se trata de um sofisma, o que já torna meu argumento questionável, mas estou aqui "confessando" a minha teoria sobre a homossexualidade, conforme ela tem sido vivida e reproduzida por muitos homens e mulheres nos últimos 20 anos. Tenho 35 anos e sou homossexual cheio de experiência além de, como um homem que pensa bastante, ter refletido muito sobre esses estigmas dentro do "meio gay". Eu chego, como sinalizei no sofisma inicial, a questionar o próprio desejo de indivíduos LGBT que interagem com outros por meio de comportamentos que minha moral considera nocivos a todo propósito coletivo e dos quais o "humor" parece descolar qualquer intenção maléfica.

Eu considero que esta atitude repulsiva, assim como o racismo, instiga o ódio e parece baseada numa espécie venenosa de 'inveja da liberdade', que se camufla em ironia e cai bem, entre outros, frente a homossexuais "passivos", uma vez que junto com esta atitude podem naturalmente estar pilhérias prontas de que o "ânus serve apenas para expelir", ou de que se trata de "coisa de mulherzinha", além dos componentes óbvios de sadismo e masoquismo que envolvem a relação sexual gay masculina, num cenário cultural marcado pelo "cristianismo romano".

Costuma ser um lugar difícil de se estar, porém eslêndido se o parceiro quebrou suas barreiras há muito - porque os papéis não são fixos, é um jogo em que todos podem ganhar em semelhante medida. Parte da sedução homo exerce-se pela garantia de conforto. O sexo, como um conjunto de maravilhas, que explicam a capacidade daquele microcoletivo de se manter seguro e orgasmático. Ninguém é obrigado a amar aquilo que não lhe desperta o desejo, ou a fazer aquilo que não lhe apraz. Porém é um sinal de perigo para qualquer grupo, quando as "panelinhas" ou os "micropoderes" instigam a segregação dos que deveriam ser, sem maiores trocadilhos, companheiros.


Uma "autorregulação" é bem vinda e não exige muito esforço. Todavia, também é preciso questionar todo um modo de experiência, o que já exige mais do que simplesmente boa vontade. Reinventar-se é a tarefa mais árdua que se pode ter a fazer.

Em resposta à provocação do amigo Marcelo Nolasco, no FaceBook.


Parece que o movimento começa a se dar conta dessa situação. Isso é ótimo!



Atualizado em 12 de março de 2011.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Pela porta dos fundos


Esta imagem a seguir contem um dos motivos por que Dilma compareceu a esta festa de jornaleco, para esculachar, em poucas palavras, de uma vez só, os jornalistas vendidos e os mercenários, os arquitetos da "Ditabranda", os apologistas de golpe, entre eles, o perdedor que não lhe deu as caras desde sua vitória, " a voz do morto" precisava ser ouvida, ainda que ele fosse levado a falar baixo.

O perdedor fez grande esforço para não expor seu ódio. Porém, no momento desta fotografia, sua fuga sublinhou sua covardia. Imagino que ele deva ter andado pouco na cerimônia, pois está visivelmente afetado por remédios de humor. O que o aperta e divide é o primeiro botão do paletó. Nesta imagem, ele tem os braços lançados a esmo, a expressão de ausência, o falar circunspecto, como se falasse 'para dentro'.

O outro homem é mais um dos aliados malquistos, já um inimigo desde há pelo menos seis anos. Da incompetência deste homem esguio e igualmente calvo se comprova a mediocridade do perdedor. Trata-se de um devoto: um masoquista evidente que, por isso mesmo, conseguiu estar próximo do primeiro por tanto tempo. Os boatos de que usa o Silício, como membro da opus dei, são possíveis. Sua boca contrita, o atrito das unhas, como se lhe cavassem a carne na base do dedo. Os ombros se contraem devido ao susto de ser quem foi flagrado pela lente fotográfica como acompanhante do perdedor durante a fuga; este inábil perdedor, acovardado: sua ambição suja o chão por onde passa.

Inteligente o fotógrafo que se posicionou próximo à porta dos fundos, por onde o perdedor certamente abandonaria a festa, onde se asfixiava e perdia lentamente, graças aos remédios, o controle sobre si mesmo.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A descida da Rainha

(em revisão)

Vê esta pintura? Em meio a bocejos, contrições invejosas e de dor, a Rainha motra-se preparada para o ataque final. Ela própria foi a mensageira da desgraça para o grupo de fanfarrões; foi dizer-lhes que trazia a sentença, que mereceria obter o cetro deste reino perdido, afinal. Pintar uma guerreira que não foge à luta a viver uma experiência de tamanha sobrecarga é uma boa escolha para qualquer artista, embora este não figure lá entre os melhores. O famoso quadro de Antonio retrata a apoteose desse evento, quando a Rainha saudou os presentes e os embaraçou, ao discursar com sarcasmo e elegância, dispondo-lhes um resumo quase cínico de suas razões de combate.


Esta peça retrata a rainha enquanto ouvia a orquestra. Interessa-nos as reações de cada personagem circundante a Ela, impávida em todoo concerto. Há este homem pálido e oleoso ao seu lado, afastando-se Dela o mais que pode. Ele conta com a reciprocidade da Rainha na repulsa. Tem o olhar fixo, o choro contido na boca, travando a feição. Ele engole a própria raiva. Ladear a Rainha é uma missão difícil para esta Torre esquálida, com os músculos diminutos e rígidos de um homem que mente; estar com ela é estar ao lado da negação de sua maior mentira. Ele se contorce, ele tem espasmos interiores, esse homem verte ódio e tem febre. Aproxima-se, na figura, de seu Bispo e a ele parece entregar uma porção de dor. Mais uma dentre tantas: a expressão excessivamente clerical do Bispo nesta feita o denunciava, parecia falsa a empatia... Foi razoavelmente retratado nesta pintura. Não há representação que não o capture nesta particular experiência de auto-comiseração. Devia estar ferido, porque o Silício, insaciável, vinha lhe consumindo até os ossos das pernas. Havia dado então, este Bisdo, a dormir sobressaltado pelo medo de apnéias fatais e de traições. Sentia-se cercado por inimigos, somente o Silício o confortava e o libertava da culpa de ser ele um dos pilares de toda iniquidade à sua volta. Jesus o perdoe!


Sobreviveram todos, apesar da altivez da Rainha e desses apliques bordados pretos em Seu casaco, que a mim pareceram correntes a pesar sobre Ela, todavia, talvez indiquem um colete que armaduraria Sua vestimenta, adequando-a para o Seu encontro com os agentes nefastos da mentira. Enfim, somente uma peça de má alfaiataria - a Rainha perdia mais uma chance de falar com a roupa, talento que ficou gravado à sua biografia. Interessante também nesta figura é estar, entre Ela e o pústula, na fila atrás da Sua, um tal capanga, um faz tudo, o mesmo que, então, administrava os percalços judiciais das famílias anfitriãs. Este homem que sabe demais, a depender do que faça com estes conhecimentos, pode entrar para a história como um bravo, um borra-botas, ou um traidor. Não gosto dele pelo descuido da gravata frouxa, em contraste com a do seu congênere, corretíssima ao pescoço de um cavalheiro corajoso que parece vigiar sua líder, em detrimento de seu próprio garbo. Homem que cuida de protegê-la, bem como a sua própria honra, tantas vezes caçada pela matilha desesperada que A recebia, a Ela e a Seus aliados diletos, em seu território, a contragosto.


À história este olhar altivo, o Dela, inclusive o desta pintura! É este olhar que valoriza o quadro. Poucos conseguem expressar traços mais sutis num semblante tão reto. Nesta ocasião, Ela se comportou como uma atriz, não mediu discrição para singir e comunicar simbolismos e com estes seguiu derrubando, um a um, os seus adversários, até alcançar-lhes o rei e deferir sobre ele o golpe cabal. Traçou para Si uma inacreditável manobra política, que bem poderia ser concebida para o teatro. Ela, a heroína, transitando entre eles, erguida, magnânima, ciente de Sua vitória e de Sua missão imediata: sinalizar-lhes que é justa Sua conquista e que, ali, Ela se posicionava frente aos Seus acusadores para, com este gesto, nesta inesperada visita, equacionar o tabuleiro e derrubar a torre - com o Seu Rei, que a aguardava, a postos. Enfim, Xeque Mate - venceram a última batalha. Refez-se o cenário. Organizaram-se os antigos atores em novos destinos. Ela os viu a definhar ao longe, dona da história.