Há séculos não vou a uma missa. Há séculos,
pouco me importam os comentários solenes de Ilze Scamparini sobre a
Igreja Católica, direto de Roma, porque, de Roma, amigos e amigas, o que
se tem é a acefalia do poder, a decadência final do Estado que ajudou a
formar a nossa própria ideia de Estado.
Em Roma, o povo pede a Deus que "o deus venha". E Deus não vem, não na figura de um qualquer papa, não sob o manto de uma instituição religiosa que envergonha o Cristo que deveria ser a sua razão de ser.
Sofram os que aguardavam um líder católico que conduzisse seus fiéis no
caminho da paz e da iluminação. Sofram também os homossexuais, os
latinos, as mulheres e os africanos, que continuarão a ter suas vidas
postas à prova no tabuleiro de ódio, onde brincam os senhores da guerra,
vestidos de batina e portadores de estranhos chapéus e de cetros
dourados.
De Roma, não mais... E viva a Argentina! Não a
Argentina deste papa, outro Francisco. Viva a Argentina que condena à
prisão perpétua os seus ditadores, que torna legais os direitos das
"minorias" e que atua pela regulação dos meios de comunicação.
A luta continua, apesar de Ilze Scamparini. Não me iludo. Roma, pobre
coitada, que se contente com os endiabrados que a mantém sob julgo.
Desta Roma, há séculos, notícia boa não vem. E hoje não foi diferente.
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