sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O falo de Esteban

Um homem costumava andar nu pelas ruas de Barcelona. Cozinheiro, caminhava pela cidade logo de manhã e gostava de o fazer completamente nu. Se assim também cozinhava, não haveria proplemas com pelos: é tatuado e depilado, na verdade, ele andava com uma sunga pintada em suas nádegas e pelve, deixando porém, em pele, seu falo que, apesar de, obviamente, flácido, parecia firme, no auge dos seus 67 anos.

Esteban Trancón Ejarque foi proibido de circular nu, sob risco de multa, pelas ruas catalãs, por decisão da centro esquerda em aliança com a direitona locais. As pessoas se ultrajavam com a sua nudez, mas em que ela avilta? Ele fez do corpo uma obra de arte e o manteve, com saúde. O problema era o falo, que continuava sem pinturas.

A interdição do corpo em pelo de Esteban é a denúncia de um retrocesso a acontecer em nosso tempo. Por este homem, poderemos descobrir o medo que nos oprime, a ponto de alguns de nós não conseguir sequer olhar para um pênis, ainda mais para um pênis grande.

O falo de Esteban é o sonho ocidental de paraíso, idílico, anterior à própria "civilização"; sonho que perdemos.

Quem só sentiu desejo sexual pelo falo de Esteban não fui eu, foram os espanhóis da centro-esquerda junto com os da direita radical, na Cataluña. Eles povoam uma nova "facção" política transnacional.



Reacionarismo como ideologia. "Freud explica".















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