quinta-feira, 10 de abril de 2014

Marina Silva e sua biografia contraditória

É algo intrigante para mim:
Marina Silva era uma líder no PT, influente e respeitada. Fica fula porque não é a escolhida para ser a candidata do partido à presidência da República e o abandona, ressentida.
Primeiro, alinha-se ao PV, antro de conservadores e fisiologistas, que a lança candidata em 2010 e, logo após as eleições, a escanteia desrespeitosamente, mostrando quão perigosa teria sido sua eleição.
Anos depois, volta com seu bla bla blá e tenta criar um partido próprio, para novamente concorrer, em 2014. Não conquista assinaturas suficientes, mobiliza seus novos padrinhos para tentar aprová-lo no tapetão do STF e, não o conseguindo, alista-se no PSB de Eduardo Campos, partido com o qual, pouco antes dela, já haviam se alinhado grandes representantes da velha direita, entre eles, Ronaldo Caiado, membro da mais fétida aristocracia ruralista e escravocrata brasileira.
É algo incompreensível para mim, porque não se trata de uma coligação, mas de um alinhamento, de um compadrio mesmo.
Só se pode concluir que Marina Silva, além de ególatra e ressentida, é também uma traidora despudorada dos seus princípios e de suas raízes.
Adoraria ouvir a pergunta que um provavelmente embasbacado Chico Mendes faria à sua antiga companheira de lutas agrárias, a qual agora aponta o veemente neoliberal, ex-ministro de FHC, Armínio Fraga, como seu guru em matéria de economia.

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