Há alguns dias, eu li uma nota do blog do repórter das notas, Cláudio Humberto - fiel escudeiro de Collor presidente, jornalista que anunciou sua descida última da rampa com uma nota - em que ele tentava ligar Lula à Delta.
Eu não duvidaria se soubesse que as construtoras vêm financiando muitos candidatos de diferentes partidos, configurando esquemas de caixa 2 em cada media prefeitura, em câmaras legislativas, secretarias e ministérios. Sobre isso, tem-se a conclusão óbvia: Os processos eleitorais não podem ser tratados como 'feiras', sob risco de os Governos e Mandatos parlamentares ficarem reféns de quaisquer interesses "de mercado".
A questão subsequente é: que tipo de parceria foi firmada entre os indivíduos e instituições com o esquema criminoso? São sócios nos lucros que obtém com as negociatas e nos jogos de influência nos meios oficiais? Entram em acordo sobre pagamentos regulares de propina, verdadeiras mensalidades?
Poderá ser aberto um caminho com a CPI do Cachoeira, que passará pela tentativa de impeachment de Lula em 2005, chegará aos mensalões do PSDB em MG, SP, GO, RS e SC, sairá varrendo as duas últimas décadas, a partir de Itamar Franco.
O Brasil, pela via democrática, opta desde 2006 por alimentar o PT, jogando-o cada vez para ser levado por bancadas oligarcas ou conservadoras,. Talvez, vejamos nascer,em uma nova esquerda, por vezes conservadora, e uma nova direita, por vezes mais liberal nos costumes, ambas mais modernas, horizontais e heterogêneas.
Repor "capital político" em partidos e políticos demasiadamente comprometidos com as forças hegemônicas de 1950 a 2000 representaria voto no atraso e na concentração de poderes econômicos e políticos nas mãos dos ratos que restaram da Antiga República Brasileira.
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