Mascara-se para se proteger da polícia, não para esconder a identidade dos pálidos de pretensões, puídos de ideias e ideais. Mascara-se para não respirar espinhos, mascara-se com a mesma máscara que é a sua, apenas adornada de símbolos que a tornem numa ambiguidade.
Saques furtivos, manifestos escritos inflamados, sabotagens e ciberativismo, tudo isso junto deixaria qualquer 'nação' sob intenso risco. Amigos num bar, ou guerreiros detalhando o plano de uma 'performance' em praça pública? São os donos da revolução, incógnitos.
Durante a 'Manif', em frente ao edifício com o escritório do FMI, em Lisboa, uma fumaça verde, além de causar náuseas, impedia também a visão. Contudo, oprimidos e mascarados para se protegerem da polícia avançarão, especialmente por meio de ínfimas ações de protesto, como a da mulher com o lixo na agência bancária.
Os 'outros' mascarados, bem nutridos, educados e seguros de si; homens e mulheres a dizerem nada sobre nada e a acharem que ganharão a humanidade com um berro e uma pedra nas mãos, que se apascentem. A pedra, com certeza não é deles. Os tomates dos demais, sim, vieram de suas despensas vazias.
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